quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Elas




As reticências São mais sutis!
Não confirmam,
Não negam,
Não dizem
Sussurram uma música.
Preferem o subentendido,
Porque o implícito sempre foi mais sensual.

As reticências tem cílios longos
E falam baixinho.

Elas sempre fazem bem feito
A tarefa que lhes é concebida
Que é entregar o final
Para quem o valha;
Que é não se comprometer,
Que é deixar solto,
Que é deixar.

Peço emprestado
O silêncio musical das reticências
Para terminar esse poema
...



6 comentários:

  1. Sempre gostei e usei muito as reticências.

    Agora sei porquê.

    Eis algo que eu gostava de ter escrito. (entende como entenderes...)

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  2. sim sim!

    sempre me sinto assim ao ler Drummond, Lispector, Quintana, ao ler o Talles, vc...

    Eh que as almas se entendem(e se reconhecem).

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  3. Que lindo,também sempre uso reticências que é para não me comprometer...
    Beijinho*

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  4. nha olha amor agora você, ao postar esse poema que é um dos que eu mais amo, vai lá no tallesazigon.blogspot.com e veja ^^

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  5. fico felissíssima com tua doce atitude Tatá...

    O poeta mais lindo que eu conheço!

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  6. Tilida:

    Elas são tão sutis, que enturvam até o nosso desejo em usa-las, por isso muitas vezes as usamos sem perceber o intuito de usa-las: Elas são tão espertas...

    bjinho!

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