domingo, 19 de dezembro de 2010

Canção do Desapego



Então por hoje
nada terei
deixarei
que levem tudo
sem hesitar ou sentir remorso,
deixarei que quebrem tudo
sem ter pena do quebrado

Por hoje não terei nada
e levarei comigo
apenas essa pequena carga
tão leve e graciosa
Que de tão simples
só tem a ela mesma:
o nada.

então é isso
por hoje terei só a mim
Podendo assim voar
aos cantos mais remotos
como um saco vazio
Sem furo, é claro!


P.S.: Postado Também no Cachaçaria Cearense de Letras

4 comentários:

  1. Isso é legal mesmo!
    Tenho essas vontade de sair por aí, leve, solto e sem nada a me prender.
    Caminhar por trilhas, ruas e avenidas e dar um foda-se para as amarras.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Que sensação gostosa de liberdade! É bom deixar as mãos livres para conhecer nelas novas sensações.

    Bjo querida!

    ResponderExcluir
  3. Guará e Lupo:

    a beleza do "deixar" deve-se fazer perceber.
    Faz-nos bem.
    Fico contente que tenham gostado!

    ResponderExcluir
  4. Paty, volto pra respirar no seu quarto vermelho...aquele poema, da capa do disco do Cartola... parabéns..joão luis

    ResponderExcluir