quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1380


Passei pela aquela rua...

Ele talvez estivesse em casa, dormindo

(ou não)

Passei a metros

Do cheiro.

Do som que os pássaros faziam por lá...

O cheiro da cama,

A cor do quarto com a luz apagada.


Eu passei a alguns metros,

Talvez ele dormisse.

Velei por segundos eternos

O aquele sono,

Ao passar por lá.


Com as pálpebras cerradas

À luz que ninguém vê quando dorme

Meu espírito o sentia

E talvez o vigiasse deitado.


Meu espírito sentou, deitou

Sentiu toda aquela atmosfera.

Com o silêncio da luz

E o afago da luz

Eu cuidei apenas em olhá-lo,

Vê a luz do dia ir tocando vagarosamente

O aquele rosto

E ir clareando, clareando

Enchendo tudo

Enquanto

A inocência do sono o embriagava

Enquanto ele nada sabia

De olhos fechados,

Em paz

E eu apenas olhava.


As cenas fantasmagóricas

Nas ruas:

Nós em todo lugar.

E eu passei pelas ruas

E fui embora

Nessa mesma manhã

Deixando tudo

No mesmo lugar.


P.S.: À alguém que me mostrou A Porta(sutilmente).

4 comentários:

  1. Isso me fez lembrar que passei o dia quase todo dormindo.

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  2. "A inocência do sono o embriagava
    Enquanto ele nada sabia
    De olhos fechados,
    Em paz
    E eu apenas olhava."

    Eu faço isso...
    Às vezes me pego vigiando meu amor enquanto ele dormi tranqüilo...
    x)

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