quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Visita


Passo dias esperando, passo meses assim, e quando os dias chegam, passo horas.
Na Sala onde trabalho tem uma janela de vidro, suas hastes são brancas e seu vidro ofuscado.
Em minha mesa velha, do século passado(creio eu), digitando algum contrato ou outra coisa trivial, acontece o esperado: Vem chegando devagarzinho, devagarzinho, quando vejo, está lá preenchendo tudo. Paro de digitar, apago a luz, tomo mais um café, deleitando-me sob esse espetáculo natural: A Luz do sol(das quatro!) enchendo minha sala e meu coração!
Que luz tão sublime! Ela me encontra por um curto período do ano, em alguns minutos da tarde.
É belo perceber sua chegada - graças aos movimentos do planeta sobre seu próprio eixo e ao redor do sol - e com isso me deixo ser consumida pelos pensamentos mais íntimos e filosóficos, pensando "como a toda a razão da natureza é poética". A luz pode contornar os prédios, driblar árvores e antenas, e encontrar-se comigo. Achando uma brechinha ela vem direto, toma a janela, os vidros, a mesa, a tela do computador(que passa a refletir em menor intensidade), toma as papeladas, o cafezinho e todo meu peito, por hora iluminado.

3 comentários:

  1. Em dia cinzento de chuva e frio...Que reconfortante ler o teu texto...

    Brilhante...lol

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  2. peculiar eh a cor q das coisas qnd esse sol chega...

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  3. gente é mais que sexual é espiritual amor

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